sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Sem...


Uma história/estória de dois e vários
De dias/sem tempo, criteriosa/sem exigências
Contraditória e racional.         
                        brincadeira                                  
De verdades ditas/palavras silenciosas
De mentiras guardadas/gritos verdadeiros
Mas com amor e pequeninos momentos.
                                      
                              brincadeira.
Feitos um para o outro/adversos de todas as maneiras
Doces/amargos, indiferentes/importantes
Na paz da certeza, na igualdade madura da perfeição.
                                                                        brincadeira

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Conto sonhos.

Conto sonhos dormidos que verdadeiramente são todos acordados.
Quantos anos ainda viverei?
Quantos sonhos ainda terei?
Como eles têm tamanha versatilidade?
Algo verossímil na minha mente que não é uma gaiola.
Ela voa, altamente mutável, altamente volátil.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Várias Mortes

Vá a um cemitério e veja as mortes. Vá a um ser humano vivo e veja as mortes. Vá a você e continue vendo mortes. O tempo todo são mortes.
Na nossa infância morrem-se cachorros, morrem-se pés de feijão, aqueles plantados em algodão, acho que todos já fizeram essa experiência.
Morrem-se sonhos, morrem-se vontades e desejos da infância, não se conquista tudo, a infância é uma sucessão de mortes ditadas por as circunstâncias vividas por os seus pais. E morre-se a verdade, quando se passa ela e cresce a mentira.
Então, depois da infância, vêm as decisões, e morrem-se amores, morrem-se coragens e morrem-se sonhos, mais uma vez várias mortes impostas por o mundo.
E vão morrendo, mas junto com as mortes, vêm as várias vidas, novas vidas. De acordo com as circunstâncias nascem outros sonhos, outras vontades, necessidade, amores, desejos e coragens. Porque, enquanto seres humanos nos adaptamos melhor as condições e deixamos florescer outras idéias. Mas existiram mortes.
E enfrentá-las é o que resta e nos acostumamos com o resto. E somos comidos por decompositores. E violentados por julgamentos de pessoas que também sofreram mortes.
E no fim tudo acaba em morte.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Fazem dias, Foram dias. :(:

Uma vez me disseram que quem tem boa memória não é feliz. Se fosse assim eu não mergulharia todos os dias em um mar de sorrisos, porque lembro de tudo, mas no meio de tantas lembranças, ruins e boas, entra o perdão e o aprendizado.
Deus, como eu já sofri.
 Antonio Fagundes numa entrevista disse: “Se eu escrevesse uma biografia seria uma chatisse porque na minha vida deu tudo certo.”
Era mais ou menos assim que ele dizia. Achei isso lindo! Uma vida sem mazelas, apenas com problemas cotidianos e normais. Talvez isso fosse tudo o que desejava e venho desejando até hoje.
Minha infância difícil, com muitos riscos, mas ainda sim, feliz.
Sem casa, nem comida, ou colchão. Meu pai trabalhava em todo chão, para com um urso me mimar. Minha mãe ainda na faculdade sofria tudo com bondade, por um amor que não podia abandonar. 
Eu crescia como podia, desejava todo dia, que os problemas tivessem solução.
Minhas irmãs sempre felizes me protegiam das pirraças que as outras crianças ricas faziam e ainda fazem.
Mas diante dos muitos problemas,  tive uma família dura, que com ferro e espada faziam de tudo uma piada e continuavam a caminhar e ainda caminham.
Hoje parece tudo torto, ás máscaras e os rostos tão distantes do que havia sido.  Mas além do que passou, a gente continua firme contra eles. Eles que têm inveja daquilo que não sabem. Eles que não conseguem sozinhos sorrir de tudo o que a vida presenteia.
E assim, continuamos, vemos, vivemos, lutando por cada dia, pra chegue o fim do mês e quando chega nem sempre há aquilo que esperávamos, então sobrevivemos como dá e ainda somos levados por as más línguas desesperados por um pingo de alegria que eles não podem (ou não conseguem) desfrutar.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Nosso passado, meu presente.

Eu me lembro de basicamente tudo o que lembra você.

 Aquela música, aquele gesto, aquela roupa e tudo o que trazia você.

O gosto, o medo, a incerteza e a saudade, tudo que inspirava você.

O sorriso, a cara de raiva, o abraço, tudo o que fazia você.

O futuro, os planos, as viagens, tudo o que sonhava você.
O direito, o dever, a mudança, o poema, tudo o que pensava você.

O sorvete, o azul, a amizade, tudo o que amava, você.

Lembro-me do amor, das palavras, da vontade, tudo o que dizia, você.

O sofrimento, a angústia, a mentira, tudo o  que eu odiava em você.

A esperança, a esperança, a esperança, tudo o que eu esperava de você.

E hoje é só lembrança, ás vezes parece-me coisa de criança, mas eu ainda espero por você.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A arte do bom namoro.

É puramente lindo namorar. Conhecer a família, trocar presentes, deixar intervir na sua vida, de forma espontânea, algo normal e cotidiano, mas que é feito com uma doçura maior.
O bom namoro é feito com paciência e dedicação. É fruto de duas pessoas abertas para experiências conjuntas, é uma manifestação da sensação de se entregar.
Paparicar, adular, babar, como quiserem chamar, tudo isso faz parte do bom namoro.
Receber uma mensagem de madrugada, ou uma cobrança infundada, escolher presentes, compartilhar pensamentos, discutir o mundo.
Experimentar o que outro gosta. Sorrir por as besteiras passadas que ás vezes não tem graça nenhuma. Dizer bobagens, coisas bizarras e ainda ser olhado com olhar apaixonado, aquele olhar de admiração.
Sentir uma pessoa parar o mundo porque você está perto.
Dormir pensando, acordar pensando, preocupar-se, dizer “eu te amo”, imaginar encontros perfeitos, dias perfeitos, juntos.
É! Namorar é um processo psicológico, porque não é fácil, o mundo e suas “gulas” é muito interessante. Ás tentações, as vontades, os pecados, o medo, tudo o que pode atrapalhar o seu relacionamento, é complicado!
Mas nada se compara ao “boa noite” dito com carinho, a graça de falar baixinho, a música compartilhada, e ás pazes depois daquela briga chata.
É muito bom envolver-se, pedir desculpas, abrir mãos de pequenos orgulhos, agradar e ver aquele sorriso brilhante de quem você gosta.
- Enfim, não! Contudo é melhor.
Contudo, para os namoros a distância estar perto é bom mais estar junto é melhor. Para os namoros próximos deixem que se sinta saudade. Para os namoros complicados dê seu tempo para os problemas. E para os namoros que não deram certo, abra-se para outro relacionamento, porque se não poderá deixar de aproveitar tudo o que já foi dito.
- Agora sim, enfim.
Enfim, NAMORE.

Ao céu chegar ? Fazer o quê ?


Vou querer juntar meus amigos pra levar pra lá. Por que por as respostas que recebi o céu ficaria muito legal, se todos estivessem. Claro, existem as pessoas mais saudosas que iriam atrás dos parentes (que acham que estão lá) e os que iriam conversar com Deus, bater um papo, trocar uma idéia, tirar umas dúvidas e até querer voltar pra dizer que o céu existe MESMO. E ainda há aqueles que vão só tirar um soninho nas nuvens, escutando os anjos e suas harpas e seus bandolins. Mas existem uns que não sabem nem o que fazer quando chegar ao céu. Acham que vão pedir a Deus perdão para os pecados, ou que lá vão curtir a vida que não viveram aqui na Terra. Agora, sério, recebi respostas maravilhosas, rogar por as pessoas que ficaram foi umas das melhores, tirar uma foto com Deus, dar um abraço bem forte nele, colocar a música do Armandinho “quando Deus te desenhou ele tava namorando, na beira do mar.“, fazer amizade com os vizinhos. Se meus amigos forem para o céu, quero ir também, estou decidida. Porque alguns deles farão sexo com anjos, alisaram os cabelos dos anjos, montarão um cabaré com virgens puras, ou tomarão uma cachacinha com os velhos conhecidos e agradecerão a Deus por ter permitido ser inventado a tal cachaça. Tem os que vão apenas agradecer por o perdão que lhe foi concedido. Tem os que vão ser sinceros dizendo que não acreditavam antes de estar lá e conversarão um pouco com São Tomé sobre o assunto. O céu com os meus amigos será irado! Mas tem uns que não querem ir, e vão perguntar o caminho de volta. No total, o céu será como a terra, mas mais emocionante porque lá não se peca, ou mais chato não sei.
- Mas sei o que fazer! Juntar todas as pessoas presentes e tocar o Heavy metal do Senhor, porque cantar com Deus deve ser uma viagem.
Com trombetas distorcidas
E harpas envenenadas
Mundo inteiro vai pirar
Com o heavy metal do Senhor..."

Música: Zeca Baleiro.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Imprevisões de uma conquista.

Sumir em um jogo de conquista é algo frágil, mas que funciona. Principalmente quando você se deixa conhecer, se deixa levar por palavras fajutas. A conquista é um dos campos de batalha mais inexplicáveis, onde melhores estratégias podem dar errado.  No campo animal até a dança do acasalamento pode não funcionar. Porque conquistar, exige paciência, coragem e um pouco de “cara pau”. Mas existem métodos que são aplicáveis a quase todas as pessoas. Quase todas porque quando falamos nesse campo e nesses indivíduos tudo é muito incerto. Paradoxal não? É isso mesmo, as atitudes passam por todas as figuras de linguagem e talvez, ainda acabe em sofrimento e dor.
Porque constantemente mudamos o rumo das nossas conquistas.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Minha mente não mente.

Eu já não sou mais ninguém.
Já não está em minhas mãos.
Faço-me, desfaço.
Em um tiro certeiro, eu erro e não quero.
E me rotulo, me esqueço.
Depois me voltam lembranças de um passado que eu não tive.
E o futuro que me chega é como eu sonhava, mas com um milhão de modificações.
E é errado já não saber, mas mais errado é desistir.
Seguir pra qualquer lugar, não pertenço a ninguém ou a lugar algum.
Talvez nem minha seja mais.
E os meus princípios se debatem com as minhas vontades.
Santos e malignos em uma briga estranha.
E o que fazer?
A resposta vem fácil, porque tudo passa.